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20/12/2012 - 09:40:39
Juninho culpa Dinamite e diz que Vasco não oferece mais condições de trabalho
"Jogador precisa de condições para trabalhar e isso o Vasco não oferece mais. Já tivemos um segundo semestre muito ruim e coisas que nunca tinha visto
Juninho Pernambucano vai defender o Red Bulls, dos Estados Unidos, na próxima temporada, depois de encerrar a sua passagem pelo Vasco . O jogador deixa o time carioca afirmando que cumpriu o que pretendia e que fez sua melhor temporada, mas não poupa críticas à estrutura do clube de São Januário. 
"Jogador precisa de condições para trabalhar e isso o Vasco não oferece mais. Já tivemos um segundo semestre muito ruim e coisas que nunca tinha visto na minha carreira aconteceram. Cheguei a me reunir com organizadas, que cobravam melhor rendimento", disse em entrevista ao jornal O Dia . 
O meia ainda comentou que o presidente Roberto Dinamite tem a sua parcela de culpa na crise vivida pelo Vasco. A equipe está com salários atrasados, vê a saída de jogadores e tem dificuldades para montar o elenco para 2013. Dinamite já virou até piada nas redes sociais por conta da dificuldade financeira do time. 
"Roberto Dinamite tem culpa, pois é o atual presidente. Mas ele não está sozinho. Existe uma grande dívida feita pelas administrações passadas. Mas ele formulou errado o contrato de alguns atletas, que acabaram negociados no meio do ano. Nunca imaginava que chegaria a esse ponto. Além da falta de dinheiro, ainda tem a questão política. Tem muita gente interesseira 
dentro do clube. O jogador no Vasco não tem salário, nem tranquilidade para trabalhar. Se tivesse tranquilidade, a questão do dinheiro ficaria em segundo plano", afirmou.

Juninho ainda explicou uma polêmica. Ele comentou que estava sendo usado como escudo durante a crise e que o ambiente em São Januário era altamente sujo. "Atualmente o Vasco vive uma crise política. Para atingirem o Roberto Dinamite (presidente do clube), tentaram me usar. Como me garanti dentro de campo, começaram a jogar sujo. Fui alvo de conselheiros, beneméritos. Isso me incomodou muito. Com um jogador importante do grupo, que tem uma história no Vasco, acho que deveria ter sido mais protegido. O ambiente em São Januário é propício, pois é muito amador. A situação vai melhorar quando profissionalizarem o clube", avaliou. 
Aos 37 anos, o meia deixa o Vasco e assina com o Red Bulls. O time norte-americano será o último da carreira do atleta. "Esse é o meu adeus ao Vasco, pois tenho a convicção de que assinei o meu último contrato. Mas saio com a minha consciência tranquila. Meu rendimento foi melhor que na primeira passagem e acho que consegui ajudar de alguma forma. Recebi uma proposta tentadora do Atlético-MG, mas, pela história que escrevi no Vasco, decidi ir para os Estados Unidos. Fico triste por não ter conseguido ser campeão de novo, mas as coisas aconteceram desse jeito. Pelo menos pude jogar, pior seria se eu tivesse me machucado toda hora". 
E ele não tem medo de decepcionar os torcedores vascaínos depois de ter sido apontado como ídolo do time nessa última passagem. "Voltei para o Vasco com chances de continuar no Catar para cumprir uma promessa que havia feito. Era a última chance que tinha. Vim para ficar seis meses e acabei ficando um ano e meio. Essa situação complicada colocaria em risco tudo de bom que fiz na minha carreira, justamente na minha última temporada. Não queria correr o risco de ir mal e, ao invés de eu parar, acabar sendo aposentado", explica. 
"Na minha concepção, o ídolo é aquele cara que se dedica, que vai para casa irritado se perder e que não mede esforços para ajudar o time. Desde que voltei ao Vasco, joguei 76 vezes, 50 só neste ano e fiz minha melhor temporada no clube. Cumpri tudo o que prometi. Entendo o lado do torcedor, mas essa situação de manchar a idolatria não me preocupa. Quando cheguei, nunca tive a pretensão de ser ídolo e sempre me preparei para dar o melhor", completa. 


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